domingo, agosto 26, 2007

Perdurável Deiscência

Quando um fim acontece
Há sempre tanto que nos desvanece
Há algo que se teme e se ignora
E agora…?
Tudo aquilo que se tornou certo e garantido
Ao que pertencentes nos sentimos
E onde encontrámos um sentido
Se nos escapa sem controlo
E as infinitas promessas não nos bastam de consolo
Do grande dia último vejo as garras
Que ao negro buraco me destinam
Aquele a que me precipito sem amarras
Ao que a angústia e incerteza me confinam
E por enquanto de nada me vale 
O que de novo por aí se avizinha
Pois há o que me prenda à etapa passada
E triunfalmente me tem cativa
Há o que me consome por inteiro e o que me incapacita
Neste estranho interstício de divisa
Pelo que...
O que prevalece neste estado de ânimo resistente
É a ingénita crença da infinitude do presente
É a imperecível Graça da nossa cumplicidade deiscente*
É esta febre de compartilha premente

*Que se “abre” espontaneamente, por suturas pré-existentes (botânica)

Anita
(19/05/05)

2 Comments:

Blogger JoseVi said...

seguro que es precioso lo que escribes, pero no lo entiendo :S Un saludo

12:11 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

no entiendes aprendelo! :P el portugués, com yo lo hice, el castellano... o no.

12:45 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home