quinta-feira, outubro 27, 2005

O Caminho do Meio


"(...) Enquanto houver seres humanos nesta Terra haverá sempre desacordos e visões conflituosas. Podemos tomar isso por garantido. Se utilizarmos a violência para reduzir os desacordos e os conflitos, cada vez podemos esperar mais violência e creio que o resultado disso será terrível. Além do mais, na verdade é impossível eliminar os desacordos através da violência. A violência só serve para aumentar os ressentimentos e a insatisfação.
Não-violência, por sua vez, significa diálogo, significa usar a linguagem para comunicar. E diálogo significa compromisso: ouvir a opinião dos outros e respeitar os direitos dos outros num espírito de reconciliação. Ninguém sai cem por cento vencedor e ninguém sai cem por cento vencido.(...) Hoje em dia, à medida que o mundo se vai tornando cada vez mais pequeno, o conceito de ‘nós’ e de ‘eles’ praticamente passou de validade. Se os nossos interesses pudessem existir independentemente dos interesses dos outros, talvez fosse possível ganhar ou perder completamente, mas uma vez que, na realidade, todos nós dependemos uns dos outros, os nossos interesses e os dos outros estão consideravelmente interligados. Por isso, como pode alguém obter uma vitória a cem por cento? É impossível. Temos de partilhar; metade para cada lado (...) A realidade do mundo de hoje implica que temos de aprender a pensar deste modo. Esta é a base da minha abordagem das coisas - a abordagem do caminho do meio.(...)"
"O princípio da não-violência deve ser praticado por toda a parte. Ora, isso não se consegue se ficarmos simplesmente aqui sentados a rezar. Isso implica trabalho, esforço e mais esforço."
Dalai Lama (1996)

segunda-feira, outubro 24, 2005

Daqui Nada de Novo...

Morosa
Morosa é esta vida
Que não passa
Que entedia
Morosos
Morosos são estes momentos
Inúteis, repetidos fragmentos

Do antes recordar-me tento
E o tédio era já este mesmo
Um marasmo entorpecimento

Penso nesse tempo nosso
Cada dia mais como um sonho
Que nada em mim mudou
De nada me salvou

E aqui me reencontro de novo
Carente e imbecil.

Quando chegará o dia
Em que apostarei por mim
Em mim…
Por fim?

Por esta imponente estrada
Continuamente uma luz se renasce…
Por meros instantes é ela que me guia
Concentra-te:
Alonga (alarga) a via!

(Porr*!)


Por outra(s) palavra(s):
Encurtando,
Descentra-te.

Anita

terça-feira, outubro 18, 2005

Comunidades Unidas pelo Indivisível Destino Humano

"(...) a fome é a principal arma de destruição em massa: mata 11 crianças por minuto, 24 mil pessoas por dia, o equivalente a um tsunami por semana."
Lula da Silva, Presidente do Brasil
Digam o que disserem deste homem continuo-me a encantar com a luta na qual se decidiu envolver. Uma sua pérola encontrada aqui.

terça-feira, outubro 11, 2005

Realidade sonhada ou Sonho real


Este é um lugar que durante alguns anos persistiu na minha memória, como misto de realidade e sonho (associado a uma provável visita de estudo na pré-primária).
Afinal existe mesmo.
Cabo Espichel, de seu nome.
Inclui o Santuário da Nossa Sra. do Cabo (séc. XVII) e um alojamento para peregrinos.
Este último concede um carácter de lugar-fantasma, com as janelas e portas forradas de tijolo, esperando pacientemente por restauro.

Este é o cenário que pode ser encontrado por detrás do Santuário. Reza aqui a lenda que a Nossa Sra. do Cabo apareceu a cavalo numa mula sobre o mar e que as suas pegadas podem ser vistas cravadas nas rochas. Facto que pode ser explorado pelos mais curiosos e astutos que se quiserem aventurar a espreitar pelos precipícios abaixo, é claro que quase sempre bem acompanhados por um vento ainda mais teimoso.

sábado, outubro 08, 2005

A Tríade

Grandeza

Grande é aquele que vê
Sem que nada empurre ou force
Grande é aquele que ao ver
Toma em si o mundo
Num momento infinito
Singelo
Soltando-o de seguida
Sem enfim o largar

Aos Presentes

Quem está
Quem fica…
Estamos nós.
Para quê as desculpas?
Não estamos bem aqui?
Não?
Mudemo-nos, então.

A Chave

Quando deixares de lado a impaciência pelo depois
Ao te (re)encontrares na correnteza do tempo
Na vez de um alívio fugaz
Acharás talvez o âmago da vida

Anita